Para quem quer comentar, falar, desabafar e até criticar... sobre o que se passa no mercado de electrodomésticos português. Aceitam-se todos os comentários desde que sejam construtivos e profissionais. Sem rodeios mas com respeito
30 de Agosto de 2012

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Bom trabalho a todos

publicado por palavraselectricas às 12:10
O PECADO MORTAL
Originalmente são sete.
Mas talvez a “Luxúria” e a “Vaidade” sejam os pecados mortais que melhor simbolizam a atitude (ou a falta dela) da esmagadora maioria das marcas no mercado dos electrodomésticos actualmente.
O “deixar-se dominar pelas paixões”, próprio do pecado da “Luxúria”, e o “orgulho excessivo, arrogância e vaidade”, que simbolizam o pecado da “Vaidade”, é algo em que as marcas de electrodomésticos insistem quando estão perante os chamados grandes espaços.
O comércio tradicional associado parece ser assim uma espécie de esposa que é traída pelo seu marido, mas que, apesar de o saber, mantém a sua postura, nunca desrespeitando um casamento já longo e fazendo questão de tratar da família sem olhar a esforços. Trata o marido como ninguém, nunca descurando o seu bem-estar. É aquilo que se designa de uma esposa com bons princípios.
Ele sabe que as suas “paixões” não o tratam com o mesmo carinho que a sua dedicada esposa. Ele sabe que as suas “paixões” não o vão apoiar quando ele mais necessitar. Ele sabe que as suas “paixões” não são fiéis como a sua esposa. Ele sabe que as suas “paixões” o utilizam consoante a necessidade que têm. O marido sabe tudo isto melhor que ninguém, mas mesmo assim continua atraído pela “luxúria e vaidade”.
Esta analogia entre um casamento, as marcas que operam no mercado dos electrodomésticos e os diferentes tipos de lojas demonstra que algumas marcas correm para o abismo. Umas com a consciência do que vai acontecer e outras nem por isso. É a fuga para a frente.
O comércio tradicional, apesar de todas as dificuldades, tem mantido uma atitude digna com as marcas ao longo dos anos. Tem mantido a postura. Trata as marcas e os seus produtos com a atitude certa. Ajudou e viu crescer muitas das marcas do nosso mercado. Não desrespeita nem faz exigências descontroladas. Tem uma atitude de pura parceria. Mesmo sabendo da “atração” que as marcas sentem pelo pecado.
De facto, o melhor exemplo para esta analogia será o novo devaneio dos grandes espaços: exigirem às marcas de linha castanha um determinado valor para terem os seus aparelhos de tecnologia de informação (principalmente aparelhos de televisão) ligados na sua própria área de exposição.
Quer isto dizer que as marcas pagam para ter os “seus” produtos ligados nas exposições dos grandes espaços…
Pagar para vender! Literalmente.
Talvez seja falta de respeito que as marcas demonstram por si próprias e por aquilo que representam no universo comercial. Desta vez, mais que uma exigência, chega a ser um atropelo ao bom senso e à decência comercial.
A atitude demonstrada ao longo dos anos pelas marcas apenas poderia resultar numa exigência destas por parte dos “grandes espaços”. Ou seja, o marido “cego” pela “luxúria” e “vaidade” vai cedendo a todas as exigências das “amantes”, apenas para ir alimentando o seu desejo de pecado.
A dedicação tem resistido ao longo dos anos, mas o pecado será…mortal.
Manuel Jorge - M. Jorge - expert a 30 de Agosto de 2012 às 12:21
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